17.7.10

Francisco.


Tem dias que são o seu pai, Francisco. Amanhece, o sol lá fora diz o nome dele, o silêncio do sábado chora a sua ausência. E de repente tudo o que era alegria vira um buraco. Tem dia que tudo o que andei se desfaz. E volta uma tristeza aguda, a maior do mundo. Em dias como esses, só você faz sentido. Porque você é a continuação da nossa história. Tem dia que o sol pode brilhar lindo lá fora, mas é um brilho triste. Tem dia que nem chove, mas é dia de choro. Mas tem sempre um outro dia, filho. Foi você quem me ensinou isso.


Cristina Guerra

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- E o que você faz com as cartas que escreve?
- Guardo. A sete chaves. Um dia talvez possa
entregá-las pessoalmente.

Caio F.